Câmara de Barra Mansa aprova programa “Cuidando de quem cuida”

Programa tem objetivo de oferecer atividades de apoio e orientação a mães atípicas.

Os vereadores de Barra Mansa aprovaram a criação do programa “Cuidando de quem cuida” no município. De autoria da vereadora Cristina Magno, o projeto tem o objetivo principal de promover ações de cuidado e orientação para mães atípicas, responsáveis pela criação de filhos que necessitam de cuidados específicos devido às deficiências, síndromes, transtornos, doenças raras, como  TDAH, TOD, dislexia, entre outras. Essas ações visam melhorar a qualidade de vida das mães atípicas, ao considerar suas necessidades físicas, emocionais, sociais, culturais e familiares.

Para atender essas necessidades, o projeto prevê a realização de múltiplas atividades, que envolvam desde a profissionalização até o acolhimento psicossocial das mães atípicas. Dentre as ações previstas está o desenvolvimento de competências socioeconômicas, para que as mães consigam realizar uma atividade econômica aliada ao cuidado de seu filho. Além disso, o projeto estabelece atendimento psicológico e apoio para o acesso à atenção primária de saúde, com a finalidade de garantir a saúde física e mental das mães atípicas.

O cuidado previsto no programa começa no pós-parto, quando muitas mães tomam conhecimento da condição genética de seus filhos, e tem continuidade durante toda a vida, com a realização de atividades de conscientização, acolhimento, acompanhamento educacional e momentos de lazer. A rede de apoio das mães atípicas também é alvo das ações do programa “Cuidando de quem cuida”, que prevê a formação para familiares e amigos conseguirem auxiliar as mães atípicas e seus filhos.

Além das mães, pais, familiares e rede de apoio, o projeto pretende alcançar toda a sociedade com campanhas de conscientização e informação, promovendo a verdadeira inclusão das pessoas com deficiência e seus familiares. A vereadora Cristina, autora do projeto, afirmou sobre sua importância para as mães atípicas e para toda sociedade.

-Muitas mulheres, mães atípicas, por conta de sua dedicação, em sua maioria exclusiva aos filhos, precisam abandonar a profissão. Com tantas demandas, essas mães deixam de priorizar o seu próprio bem-estar e autocuidado e, com isso, podem chegar a um estado de esgotamento físico e psicológico. Como todas as mães, as atípicas também enfrentam medos, inseguranças e culpas, mas ainda precisam lidar com a falta de informação, o preconceito e, muitas vezes, são excluídas do convívio social. Por isso, a importância dessa Lei – afirma Cristina Magno.

O projeto segue agora para o executivo municipal.